A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no 9.394/96 (Brasil, 1996), no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado garantir: |
Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.
Atualmente, já se tornou uma realidade nas redes públicas de ensino, alunos com necessidades especiais frequentarem a escola em salas de aula com inclusão. Isso é importante para que, “independentemente do tipo de deficiência e do grau de comprometimento, possam se desenvolver social e intelectualmente na classe regular” (BENITE, BENITE, PEREIRA, 2011, p. 48).
Isso com certeza é um avanço em relação ao passado, quando um jovem portador de necessidades especiais era excluído da sociedade, sendo mantido somente dentro de sua casa; além de não receber nenhum tipo de educação e de não participar de contatos ou atividades sociais, muitas vezes sendo até mesmo maltratado.
O art. 59, inciso III, diz que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns” .
FATO: Os professores enfrentam dificuldades
Não só em transmitir para esses alunos as disciplinas específicas em suas áreas de formação, mas falta também o próprio conhecimento “para lidar com a língua brasileira de sinais (libras) e com a presença de intérpretes em suas aulas” (SILVEIRA e SOUZA, 2011, p. 38).
Isso se torna ainda mais complicado quando se trata de professores de ciências, como a Química, pois enfrentam grandes dificuldades em lidar com a construção do conhecimento científico voltado para esse grupo específico. Por exemplo, os alunos surdos sofrem muito com essa questão, porque a Química contém uma linguagem específica, que muitas vezes não tem como ser traduzida para LIBRAS (sinais), dificultando, assim, a construção do conhecimento.
Se existirem profissionais capacitados para realizar a educação inclusiva, o educando com necessidades especiais receberá o devido apoio para prosseguir em seus estudos. |
Dificuldades REAIS:
Por isso, torna-se urgente que os alunos de Pedagogia, de Psicologia, das demais licenciaturas e todos os outros profissionais que terão contato com os alunos portadores de necessidades especiais, recebam em sua formação esse preparo. É necessário que todos fiquem “atentos para propostas pedagógicas que auxiliem os docentes no melhoramento de suas concepções e fazeres escolares” (SILVEIRA e SOUZA, 2011, p. 37).
b. Instituições de ensino não contam com recursos físicos e didáticos
Que visam atender às necessidades desses alunos. Por exemplo,: Alunos cegos necessitam de todos os livros didáticos em Braile, cadeirantes precisam que a estrutura física da escola esteja preparada para recebê-los, tendo, por exemplo, rampas, corrimãos, banheiros adaptados, entre outros aspectos.
O que pode ser de auxílio nesse sentido?
a. Elaboração de vários projetos bem como a inclusão da disciplina nos cursos de graduação citados, conforme a indicação do Ministério da Educação, portaria 1.793/94 (Brasil, 1994):
Aspectos éticos-políticos-educacionais da normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais,
b. Apoio e o investimento dos governos são necessários.
A educação inclusiva no Brasil ainda está em seu estado embrionário, e esperamos que o contínuo aprimoramento de projetos nesse sentido, tanto na formação, como na formação continuada de professores, com o tempo sane ou pelo menos minimize os pontos decadentes do atendimento aos portadores de necessidades especiais.
Texto: Por Jennifer Fogaça - Graduada em Química
http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm
Estive de frente com essa situação. No município onde eu moro, o que mais se vê, são estagiários trabalhando como "Professor 2" (não sei se é comum, mas é assim que chamam aqui o professor que trabalha com esses alunos) e quando peguei como estagiária senti na pele a dificuldade de lidar com esses alunos sem nenhuma capacitação. Nas aulas de apoio, fora do ensino regular, com um professor especializado, já é difícil. Imagine dentro de uma sala de aula com cerca de 30 alunos. Creio que não devia ser aceito algo assim. E como se não bastasse a falta de professores capacitados, ainda tem a questão do material e estrutura. Mas sou mais uma brasileira que tem esperanças, e acredita que irá melhorar.
ResponderExcluirParabéns pelo post. Cada vez mais admiro seu trabalho. Beijão, Vanessa P. Corrêa.
Oi Vanessa, obrigada por sua contribuição, sempre tão sensata e valiosa! Me sinto lisonjeada por cada comentário seu!
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