segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Entidade denuncia: Vazamento de óleo tóxico em Florianópolis




O vazamento do óleo ascarel de uma estação desativada da Central Elétrica de Santa Catarina (Celesc), no bairro Tapera, em Florianópolis, está sendo considerado gravíssimo pela Federação das Entidades Ecológicas Catarinenses. Segundo o coordenador geral, Gert Shinke, as autoridades estão minimizando o problema e é fundamental que a comunidade se ocupe em exigir um monitoramento contínuo sobre toda a área afetada por pelo menos cinco anos.

O óleo ascarel pertence ao grupo de compostos orgânicos sintéticos conhecidos como PCBs. Eles não são biodegradáveis e tem efeito cumulativo nos tecidos vegetais e animais. Esse tipo de produto é usado em transformadores, desses usados pela Celesc, mas também podem ser usados em outros equipamentos. A preocupação da FEEC é justamente saber onde mais existe esse óleo e em que condições ele está acondicionado. No caso desses 12 mil litros que vazaram, é certo que estavam sem qualquer proteção e sem que se levasse em conta a periculosidade. “A sorte foi que o funcionário percebeu que havia algo errado e procurou os técnicos da universidade que trabalham ao lado do galpão da Celesc. Ainda assim, o produto vazou por mais de dois meses, e os efeitos disso podem ser muito perigosos para toda a cadeia de vida da região”.

O óleo vazou de uma subestação desativada da Celesc, em Florianópolis, no último dia 19/01/2013

Conforme o coordenador da FEEC - GERT SCHINKE: 
A contaminação vai se dando muito lentamente e, depois, pode se alojar nos animais, nas plantas e consequentemente nas pessoas que comerem esses produtos. Também pode contaminar a água e todo o subsolo. “O problema é que esse produto é altamente tóxico e a ingestão de quantidades microscópicas já é um problema. Isso vai acumulando no organismo e pode gerar problemas por gerações”.
Nota do autor da denúncia postada neste blog sobre o vazamento de ASCAREL:

Florianópolis, 31 de janeiro de 2013.
GERT SCHINKE
Coordenador Geral da FEEC

Documento da denúncia encaminhado para:
- Justiça Federal
- Ministério Público Federal
- Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis
- Universidade Federal de Santa Catarina
- Imprensa em geral

Leia o documento citado acima na integra: 

http://feec-santacatarina.blogspot.com.br/

Está circulando també pela internet um alerta da médica Vera Bridi sobre a necessidade da imediata interdição não apenas do consumo dos moluscos e peixes das baías, mas também a proibição de banhos. Segundo ela: 
O  produto é altamente perigoso para a saúde humana.
Outro médico, J. Paulo Mello, lembra um acidente com esse mesmo produto, acontecido no Japão, em 1968.Segundo ele, pouco tempo depois a população passou a apresentar o depois denominado “Mal de Yusho”, que tem como sintoma bronquite, entorpecimento dos membros e edema. Tudo isso foi atribuído à ingestão das PCBs contidas no óleo. Outro caso semelhante aconteceu nos Estados Unidos quando o produto foi detectado no lençol freático de uma cidade. O óleo havia sido enterrado Há anos e estava num aterro químico.

Você quer saber mais? Acesse:

http://www.ecodebate.com.br/2013/02/04/vazamento-de-oleo-toxico-em-florianopolis-poe-saude-da-populacao-em-risco/

http://arcadenoe.eco.br/profiles/blogs/vazamento-de-leo-em-florian-polis-sc-desastre-s-cio-ambiental

Entrevista em rádio da ilha escute e reflita:

https://soundcloud.com/iela-ufsc/vazamento-de-ascarel-gert

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Um comentário:

  1. http://arcadenoe.eco.br/profiles/blogs/vazamento-de-leo-em-florian-polis-sc-desastre-s-cio-ambiental

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