Outubro de 2012 - A jovem, de 14 anos, voltava da escola dentro de um ônibus quando um homem entrou no veículo perguntando por ela. Malala levou tiros na cabeça e no pescoço. O crime aconteceu numa cidade do Paquistão , que ficou sob o controle do Talibã entre 2007 e 2009.
Quem é Malala?
Malala Yusafzai é conhecida no exterior por seu blog em urdu no site da BBC desde 2009, quando com apenas 11 anos denunciava os atos de violência cometidos pelos talibãs, que incendiavam escolas para meninas e assassinavam seus opositores no vale do Swat.
No ano passado, a adolescente recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Paz criado pelo governo paquistanês.
O Paquistão, país muçulmano de 180 milhões de pessoas, experimenta um aumento no fundamentalismo religioso e está na linha de frente da guerra americana contra o terrorismo.
As regiões tribais do noroeste do país, apoiadas pelo Afeganistão, são consideradas como um santuário para os talibãs e movimentos ligados à Al-Qaeda.
Na época, o diário de Malala, foi publicado na internet, sob um pseudônimo, e atraiu olhares de todo o mundo. Nele, a jovem descreveu as dificuldades para estudar depois que o talibã fechou todas as escolas para meninas.
Depois que o exército paquistanês retomou o controle da região, a verdadeira identidade de Malala foi revelada e ela se tornou uma heroína nacional.
Depois da tentativa de assassinato:
Segundo os médicos do hospital onde está internada, a condição dela é crítica, mas estável. A jovem está hospitalizada no Instituto de Cardiologia do exército na cidade de Rawalpindi, perto de Islamabad, para onde foi transferida de helicóptero a partir de Peshawar nesta quinta-feira (11). Os médicos ainda cogitam transferi-la para um hospital no exterior.
Quem são os Talibãs?
É um movimento Fundamentalistas Islâmicos Nacionalistas que se difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão, a partir de 1994 e que, efetivamente, governou o Afeganistão entre 1996 a 2001.
A porta-voz do departamento de estado americana, Victoria Nuland, disse que os Estados Unidos condenam fortemente o ataque à jovem e classificou de bárbara e covarde a violência contra crianças.
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