A palavra “transporte” vem do latim trans (de um lado a outro) e portare (carregar). Podemos dizer que, em síntese, transporte é o movimento de pessoas ou coisas de um lugar para outro. Os transportes podem se distinguir pela possessão, onde o transporte público é destinado a qualquer pessoa e o privado é restringido somente a quem os adquiriu.
Os meios de transporte ainda podem ser divididos em:
- Terrestre: Carros, ônibus, trem, etc.
- Aquático: Navios, canoa, barcos, etc.- Aéreos: Aviões, helicópteros, balão, etc.
- Tubular: Gasoduto, oleoduto, etc.
Os transportes contêm três elementos:
1. Infraestrutura é a malha de transporte: rodoviária, férrea, aérea, fluvial, tubular, etc.
2. Os veículos são automóveis, bicicletas, ônibus, trens e aeronaves, que utilizam essa malha.
3. As operações são as formas como esses veículos utilizam a rede, como leis, diretrizes, códigos, etc.
TIPOS DE MEIOS DE TRANSPORTES NO BRASIL
1. TRANSPORTE FLUVIAL
É um dos mais antigos meios de transporte que se conhecem, tendo desempenhado importante papel na penetração, povoamento e ocupação do interior dos continentes. Nesses casos, os rios funcionaram como verdadeiros caminhos naturais.
No Brasil a navegação é praticada nos rios Amazonas, e Paraguai e alguns trechos do Rio São Francisco.
Eis algumas características e vantagens do transporte fluvial:
- seu custo operacional é muito baixo, pois depende basicamente das operações de carga e descarga;
- possui grande capacidade de carga;
- é muito econômico para grandes distâncias;
- apresenta pequeno consumo de energia.
Dentre os diversos fatores negativos que influenciam a navegação fluvial destacamos o seguinte:
Relevo: Enquanto os rios de planície são ótimos para a navegação, os de planalto costumam apresentar cachoeiras. E não podemos esquecer que nosso relevo predominante é a formação de planaltos
2.TRANSPORTE MARÍTIMO
Esse tipo de transporte sofreu grande evolução ao longo do tempo. Das primitivas embarcações movidas a remo e a vela, evoluiu para embarcações movidas a carvão, a petróleo e já está entrando na fase da energia atômica. Quanto à capacidade de carga, a evolução foi também espetacular: de 1.000 toneladas no século XVIII, hoje já existem navios com capacidade de transporte de 500 mil toneladas.
Apesar de ter sido suplantado pelo avião no transporte de passageiros, continua sendo o principal meio de transporte de mercadorias a longas distâncias.
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e das embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos marítimos em condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
No Brasil, um dos principais problemas que afetam o transporte marítimo é a ineficiência portuária, responsável pelos grandes congestionamentos e pela deterioração de muitos produtos, acarretando enormes prejuízos. Os navios permanecem cerca de 70% do tempo útil parados, problemas portuários, seja por reparos técnicos.
O transporte marítimo divide-se em dois tipos:
a) internacional ou de longo curso (de grandes distâncias)
b) navegação costeira ou de cabotagem (ao longo do litoral)
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3.TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Em países de grande extensão territorial, como os EUA e o Canadá, foram construídas grandes ferrovias (transcontinentais), algumas delas cruzando o território de leste a oeste, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Na União Soviética foi construída a Transiberiana (a maior ferrovia do mundo), ligando Moscou a Vladivostok, no litoral do Pacffico.
Entre 1940 e 1960, verificou-se certa estagnação e até mesmo declínio das ferrovias, chegando muitas delas a ser desativadas. A causa dessa estagnação foi a expansão das estradas de rodagem em conseqüência do uso de novas fontes energéticas (petróleo, por exemplo).
Entretanto, a partir da década de 70, deu-se uma reativação do transporte sobre trilhos, em razão das novas conjunturas decorrentes de fatores como a crise do petróleo, o desenvolvimento tecnológico no setor de transportes (trens modernos e velozes), que já atingem velocidade de 200 km/h a 300 km/h (turbotrem) e até 400 km/h (hovertrem), o transporte ferroviário começa a concorrer com o aéreo.
No caso do Brasil temos: Na década de 20, as ferrovias apresentaram grande expansão no pais, ao passo que após essa década verificou-se uma verdadeira estagnação do sistema ferroviário. Os atuais 30.350 km de ferrovias, se comparados com a extensão territorial do país, resultam numa densidade ferroviária extremamente baixa
Eis algumas características e vantagens do transporte ferroviário:
- grande capacidade no transporte de cargas e passageiros;
- é mais econômico que o rodoviário;
- possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, eletricidade);
- material rodante é de longa duração;
- os trens modernos podem atingir grandes velocidades;
- estimula o desenvolvimento das indústrias de base.
Aspecto negativo: Alto custo sua implantação e no caso do Brasil nosso tipo de relevo Planáltico torna-se um problema a mais.
4. TRANSPORTE RODOVIÁRIO - Predominante no Brasil
As causas principais que explicam a maior preferência do transporte rodoviário em relação ao ferroviário no caso de médias e pequenas distâncias em alguns países são:
a) caminhão possui maior flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares;
b) caminhão pode entregar a mercadoria porta a porta;
c) as operações de despacho (papéis), de carga e descarga das mercadorias são mais simplificadas em relação à ferrovia;
d) maior rapidez na entrega das mercadorias.
a) caminhão possui maior flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares;
b) caminhão pode entregar a mercadoria porta a porta;
c) as operações de despacho (papéis), de carga e descarga das mercadorias são mais simplificadas em relação à ferrovia;
d) maior rapidez na entrega das mercadorias.
Aspectos Negativos: Alto custo, estradas ruins, preço do Diesel, pedágios, roubos e cargas e sequestros dos motoristas, longas distâncias a serem percorridas, entre outros
A utilização do avião no transporte de passageiros data de 1919. Entretanto, a invenção do avião pode ser situada no período entre 1890-1900. Em 1898, Santos Dumont realizou o primeiro vôo em balão mecanicamente dirigido e, em 1906, bateu o recorde de vôo com o 14-Bis, de motor a explosão, voando 220 metros em 21 segundos.
Na Primeira Guerra Mundial o avião começou a ser utilizado para fins bélicos e, no final da década de 20, a aviação comercial já estava definitivamente estabelecida, apresentando daí até os dias atuais grande desenvolvimento. Tanto a multiplicação dos aeroportos, em todo o mundo, quanto o desenvolvimento e aperfeiçoamento da aviação em termos de maior segurança, maior capacidade e maior rapidez fizeram do transporte aéreo um sério concorrente aos demais meios de transporte.
Brasil: Meio de transporte extremamente caro e eletizado, aeroportos com grandes problemas de infra-estrutura.
Governo anuncia plano de concessões de
rodovias e ferrovias de R$ 133 bilhões
O ministro dos Transportes, Paulo Passos, disse no dia 15 de Agosto de 2012 que a intenção do governo com o Programa de Investimento em Logística: Rodovias e Ferrovias é baratear o custo dos transportes no País, que teve um "papel decisivo" na elaboração do pacote de concessões (Privatizações) rodoviárias e ferroviárias que está sendo anunciado, segundo Passos.
"Temos a convicção de que o imperativo para o desenvolvimento do Brasil é a disponibilização de uma infraestrutura eficiente", defende governo no início da apresentação do pacote de concessões à iniciativa privada de rodovias e ferrovias.
As ferrovias e Rodovias brasileiras
O ministro reiterou que o País precisa de uma malha rodoviária e ferroviária eficiente e competitiva. "Após 20 anos, o PAC veio para fazer obras que já deveriam ter sido feitas."
Considerando todos os trechos, complementou, o governo vai abrir um grande corredor e poderá escoar mais de 5 milhões de toneladas de grãos e minérios. "Vamos fazer uma articulação por meio de ferrovias modernas entre o Nordeste, o Sul e o Sudeste".
"Queremos resgatar as ferrovias brasileiras como alternativa de logística para o País e estamos trabalhando com a perspectiva de que não haja monopólio. A malha será compartilhada e, competitivamente, vai oferecer menores custos de transportes. A redução das tarifas é um dos resultados que se consegue ao fazer melhor uso", afirmou.
As licitações serão feitas em junho e a assinatura dos contratos será feita entre julho e setembro do próximo ano. Os portos e aeroportos também estão incluídos neste Novo Pacote Econômico que beneficiará toda economia do Brasil.
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