domingo, 14 de outubro de 2012

Jorge Amado 100 anos - Em cada obra uma imagem do Brasil

10 de agosto  dia de aniversário de Jorge Amado - em 2012, ele faria 100 anos.
Jorge Amado morreu em 2001, pouco antes de completar 89 anos. Foi um escritor prodigioso: entre romances, memórias e enredos infantis, escreveu quase 40 livros, publicados em 50 países. 

Em cada obra, Jorge Amado burilou a imagem do Brasil. E que país era esse? 

Um país mestiço, de misturas de raça (portugueses com índios e africanos); de culturas, religiões; e também de cores, sabores. Um país alegre, festeiro, mas também capaz de enormes desigualdades econômicas e sociais. 


Sua obra transcendeu os limites do regionalismo modernista a que foi ligada num primeiro momento. Com o escritor, pode-se dizer que houve dois Amados:

A separação entre ambos seria Gabriela Cravo e Canela (1958). 

A) O primeiro Amado dedicava-se mais aos romances de costumes e à  crítica social 

b) O segundo dava mais atenção ao humor popular, ao sincretismo religioso e à sensualidade. 

Tal fronteira não é rígida, mas não deixa de ser verdadeira. Em comum entre as fases está um narrador envolvente e extremamente hábil ao construir personagens e tramas. E também o fato de as duas fases apresentarem grandes romances.



A fase pós-1958 marca seus maiores sucessos: o citado Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos(1966), Teresa Batista cansada de guerra (1972), Tieta do Agreste (1977) e Tocaia Grande (1984). A popularidade do escritor pode ser medida pelo simples fato de todos os livros citados neste parágrafo terem se tornado novelas de TV, seja na Rede Globo ou na extinta TV Manchete. Há também os filmes. Basta dizer que Dona Flor e seus dois maridos foi por 34 anos o recordista de público no cinema brasileiro: foram 10 milhões de espectadores, até ser ultrapassado por Tropa de Elite 2 em 2010.

Academia Brasileira de Letras 

Jorge Amado foi eleito para a em 6 de abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. De sua experiência acadêmica, bem como para retratar os casos dos imortais da ABL, escreveu Farda, fardão, camisola de dormir, numa alusão clara ao FORMALISMO da entidade e à SENILIDADE de seus membros.



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