terça-feira, 17 de julho de 2012

Saiba mais sobre o uso de armas químicas e biológicas

Histórico e uso de armas quimícas e biológicas

Foto histórica - Bomba de Nelpam jogada pelos EUA na guerra do Vietnã

Primeira vez que se usou este tipo armas em larga escala

Foi na Primeira Guerra Mundial que as armas químicas foram usadas em larga escala. O cientista alemão Fritz Harber, ganhador do Prêmio Nobel de Química por suas pesquisas sobre a síntese da amônia, propôs, em 1915, o uso de gás cloro contra os inimigos. Sua idéia foi posta em prática na Batalha de Ypres, na Bélgica. Ainda na Primeira Guerra Mundial, o gás mostarda foi usado pelos alemães contra os inimigos e os ingleses e franceses utilizaram gases do sangue. Estima-se que nessa guerra houve mais de 100 mil mortos vítimas de armas químicas.

Foi "limitado" seu uso em: 
Em 1925, o Protocolo de Genebra procurou limitar o uso de armas químicas, mas elas continuaram a ser utilizadas em vários conflitos do século XX.

Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, os nazistas usaram o Zyklon B e o gás cianídrico no extermínio de judeus.

Em 1972 foi proibido a produção e estocagem de armas químicas e biológicas no mundo.
 Desde então, houve casos de desrespeito a essa lei, como durante a invasão do Afeganistão pela ex-URSS, na luta dos iraquianos contra os curdos e na Guerra do Golfo.


Algumas das armas químicas e biológicas já utilizadas no mundo:

                                    Uso do Agente laranja                                 

Herança deixada pelos EUA no Vietnã
       
Desfolhante usado na Guerra do Vietnã pelas tropas norte-americanas e sul-vietnamitas. Calcula-se que tenham sido lançados 45,6 milhões de litros do produto durante os anos 60, cobrindo dez por cento do território do Vietnã.

Categoria: Desfolhante

O que causa: Derruba as folhas das árvores, impedindo que os soldados se escondam na mata. Causa sérios danos ao meio ambiente.

                                      Gás cloro (Cl2)                                         


Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, o cientista alemão Fritz Haber teve a idéia de usar gás cloro para obrigar as tropas inimigas a sair das trincheiras e aceitar o combate a céu aberto. Os alemães lançaram gás cloro no front perto da cidade belga de Ypres. Foi uma devastação — 5 mil soldados franceses desprevenidos foram mortos e outros 10 mil ficaram feridos.


Categoria: Asfixiante


O que causa: O cloro pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e ressecam as vias respiratórias. Para aliviar a irritação, o organismo segrega líquido nos pulmões, provocando um edema. A vítima morre literalmente afogada.


Tratamento: Inalação de oxigênio úmido e intubação traqueal ou traqueostomia em pacientes com obstrução das vias aéreas ou hipoxemia grave.


                                Gás cianídrico (HCN)                                   


Corpos de judeus mortos por asfixia em câmara de gás no campo de concentração nazista
O ácido cianídrico é um gás incolor que mata imediatamente se inalado numa concentração superior a 300 mg/m³ de ar. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizado pelos nazistas para o extermínio de judeus em câmaras de gás.


Uma curiosidade: o cianeto de potássio, quando ingerido, reage com a acidez do estômago e gera gás cianídrico. Por isso, foi utilizado na Segunda Guerra Mundial como uma alternativa de suicídio rápido em situações de emergência. O líder nazista Goering, por exemplo, suicidou-se engolindo uma cápsula de cianeto pouco antes de ser levado ao enforcamento em Nuremberg.

Categoria: Agente do sangue
O que causa: Combina-se com a hemoglobina, bloqueando a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Provoca a morte rapidamente quando inalado.

Tratamento: A ação do gás cianídrico é muito rápida. O tratamento só é possível se a quantidade inalada não atingir a concentração fatal. O Na2S2O3 aplicado por via intravenosa reage com o cianeto, formando sulfocianeto, que é atóxico e eliminado pela urina. Outros produtos podem ser usados, como 4-dimetilaminofenol, piruvato de sódio e oxigenoterapia.

                Gás mostarda (Cl - CH2 - CH2 - S - CH2 - CH2 - Cl)         



O gás mostarda foi produzido em 1822, na Inglaterra, mas seu uso como arma química só aconteceu bem mais tarde. Além de atacar o revestimento das vias respiratórias, provocando feridas e inchaço, esse gás com cheiro de mostarda (daí o nome) provoca bolhas e queimaduras na pele e cegueira temporária. Se inalado em grande quantidade, mata.
O gás mostarda foi usado pelos alemães na Primeira Guerra Mundial.

Categoria: Agente vesicante

O que causa: Provoca irritação nos olhos e feridas na pele e pode matar por asfixia se for inalado.

Tratamento: O tratamento com corticosteróides tem valor incerto, mesmo quando são aplicados por via intravenosa.

                                           Napalm                                                  


  
O napalm foi largamente utilizado no Sudeste Asiático durante a Guerra do Vietnã. Mistura de gasolina com uma resina bastante espessa da palmeira que lhe deu o nome, o napalm, em combustão, gera temperaturas superiores a 1.000 ºC.

Categoria: Agente carbonizante

O que causa: O napalm em combustão adere à pele, queimando os músculos e fundindo os ossos. Além disso, libera monóxido de carbono, fazendo vítimas também por asfixia.

                                              Sarin                                                   


 

O sarin é um composto organofosforado. Essa classe de compostos foi sintetizada pela primeira vez em 1936 pelo químico Gerhard Schrader, que tentava desenvolver pesticidas de uso agrícola. O caso mais recente de utilização de sarin foi um atentado terrorista ao metrô de Tóquio, no Japão, em 1995. A seita japonesa radical Verdade Suprema foi a responsável pelo atentado, que deixou doze mortos e 5 mil feridos. Outro composto organofosforado de efeito devastador é o tabun.
Categoria: Agente dos nervos
O que causa: Os compostos organofosforados agem sobre o sistema nervoso e inibem uma enzima que controla as contrações musculares, o que leva a um curto-circuito no sistema nervoso. A vítima morre por estrangulamento de órgãos vitais como o pulmão e o coração, causado pela contração descontrolada dos músculos.




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