quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Antártida está mesmo derretendo? O autor da Hipótese Gaia diz que foi alarmista!



Afinal, o que está derretendo na Antártida? O gelo marinho, os icebergs, as banquisas, a calota polar ou as geleiras? Cerca de 10% da área do planeta Terra é coberta de gelo e 90% desse volume está na Antártida. Mas o continente gelado não está derretendo e contribui minimamente para o aumento no volume das águas marinhas observado nos últimos anos. A afirmação é de um dos principais especialistas no assunto, o glaciólogo Jefferson Simões, coordenador do Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que estuda a questão do gelo do planeta e o descongelamento. A glaciologia é uma área da geologia que estuda as geleiras, as glaciações e seus efeitos sobre a Terra.


Falta consenso

Cálculos apresentados por pesquisadores em painéis climáticos internacionais prevêem que até o ano 2100 o nível do mar poderá se elevar de 60 centímetros a 1 metro por conta de gelo que se tornará liquefeito e aumentará o volume das águas marinhas.

Em relação a isso, Simões ressaltou que é uma parte muito pequena do gelo do planeta que está derretendo - exatamente 0,7% do volume total - e a participação do gelo antártico nesse percentual é mínima.

O volume do gelo antártico corresponde a 25 milhões km3. Se derretesse todo, equivaleria a um aumento de 60 metros no nível médio dos mares.

Estudos realizados nos últimos anos e publicados em revistas científicas produziram resultados contraditórios. Alguns indicavam a perda de gelo e outros o engrossamento da camada - não há consenso dos pesquisadores. (Jurema Aprile Jornalista)

James Lovelock (autor da Hipótese gaia) admite: 'Fui alarmista sobre o clima'

Cientista que pintou um dos cenários mais radicais para as mudanças climáticas prepara livro onde diz que o aquecimento global está mais lento do que previa.


Lovelock ficou famoso ao propôr a hipótese de Gaia, segundo a qual a Terra é viva e pode ser considerada um gigantesco superorganismo



Aos 92 anos, James Lovelock, um dos cientistas pensadores mais influentes em meio ambiente - e um dos mais apocalípticos sobre os efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global - está revendo suas ideias. Em entrevista ao site MSNBC, ele admitiu ter sido "alarmista" em suas previsões.

Famoso por propôr a hipótese de Gaia, também conhecida como hipótese biogeoquímica, segundo a qual a Terra é viva e pode ser considerada como um gigantesco superorganismo, o britânico prepara um novo livro onde confessa que as mudanças climáticas estão, sim, em curso, mas de forma muito mais lenta do que previa no passado.

"Extrapolei, fui longe demais", diz o cientista, para quem o clima está realizando truques habituais. "Não há nada realmente acontecendo ainda. Nós deveríamos estar a meio caminho em direção a um mundo em estado de 'fritamento' agora", disse ele.

De acordo com a reportagem, em sua nova obra, prevista para ser lançada em 2013, Lovelock vai abordar possíveis caminhos para humanidade agir a fim de ajudar a regular os sistemas naturais da Terra.

A publicação será a terceira de uma trilogia que conta com a "Vingança de Gaia", sobre como o planeta está se tornando hostil aos seres humanos e como poderíamos sobreviver, e "Gaia: Alerta Final".

Na entrevista, Lovelock também apontou Al Gore com seu documentário "Uma Verdade Inconveniente" e Tim Flannery , autor do livro "Os gestores de tempo" como outros exemplos de pensadores "alarmistas" em suas previsões do futuro.





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