segunda-feira, 11 de março de 2013

Metodologia e Prática do Ensino de Geografia


Congrega um conjunto de temas sobre a especificidade do ensino de Geografia nos níveis fundamental e médio;

3. METODOLOGIAS DE ENSINO E PRÁTICA DO PROFESOR EM SALA DE AULA
A prática do professor não se pauta somente nos conhecimentos que se adquire nas instituições formadoras, ela também engloba as experiências que ele apreende no cotidiano. Essa prática dos professores caracteriza os enfoques desse processo, que pode definir as intenções do ensino, o modo como a aula é organizada, as atividades propostas, os conteúdos selecionados, os instrumentos e procedimentos de avaliação empregados e as formas como acontecem às relações professor/aluno.
Tal prática docente realizada nas escolas pode ser caracterizada como tradicionaltecnicistaescola novista e sociocultural, segundo Romanowski (2007). Falaremos brevemente a seguir sobre cada uma delas, utilizando os conhecimentos disponibilizados pela autora citada:

3.1 A prática Tradicional
O objetivo do enfoque tradicional na prática docente é a transmissão do conhecimento pelo professor, o qual deve ser assimilado pelos alunos. A base desse enfoque está na seleção dos conteúdos, no ensino enciclopédico, sendo estes, geralmente, descolado do cotidiano dos alunos. O docente privilegia a aula expositiva tornando assim, o aluno um memorizador dos conteúdos. Quanto à avaliação, é rigorosa e centrada na reprodução dos conteúdos sempre privilegiando a reprodução de informações. No ensino tradicional o professor geralmente é autoritário e prefere que os alunos permaneçam em silêncio para que o "dono" do conhecimento (professor) encha os recipientes vazios (alunos).

3.2 A prática Tecnicista
A atividade do professor passa a ser instrumental, pois, nesse enfoque, ocorre a valorização da técnica aplicada ao ensino. A ação instrumental do professor exige o domínio da disciplina ensinada, o conhecimento de técnicas para direcionar as atividades didáticas e os procedimentos de diagnóstico, assim como a solução de problemas da aprendizagem. Esse enfoque objetiva enfatizar o desenvolvimento de competências e atitudes para formar o profissional a atuar no mercado de trabalho.
Nessas condições, o papel dos alunos é o de realizarem as atividades propostas pelos professores nos manuais didáticos. A avaliação é padronizada e examina o desempenho em testes.
Em suma, esse modelo tecnicista é caracterizado pela hierarquização e divisão do trabalho na escola, pois, se utiliza de profissionais para elaboração de avaliações, de manuais, de planejamento, etc. Cabendo ao professor treinar os alunos para um bom desempenho.

3.3 A Escola Nova
A promoção da aprendizagem dos alunos de modo ativo é o objetivo desse enfoque. O professor é visto como mediador para promover essa aprendizagem, sendo visto também como um facilitador, um artista ou profissional clínico que deve empregar sua sabedoria, experiência e criatividade para agir na promoção das condições do desenvolvimento, para a aprendizagem dos seus alunos, que passam a ser o centro do processo escolar. A valorização das relações e dos processos cognitivos acontece na prática docente, pois o próprio professor é considerado um aprendiz.
Desse modo, para que aconteça a construção do conhecimento, o método de ensino passa pela problematização, por meio das ações sobre os objetos e sobre os conhecimentos, para que o próprio aluno possa se reconstruir como aprendiz.

3.4 O enfoque Sociocultural
Considera a prática docente como reflexão para reconstrução ou transformação social. A principal meta desse enfoque é contribuir para a mudança da sociedade.
No entendimento de Freire (1996, apud ROMANOWSKI, 2007), é importante que o professor tenha consciência do que faz, porque faz e como faz; que o docente estabeleça o confronto de como era a situação, como está sendo desenvolvida e como reconstruir para fazer coisas diferentes das que sempre faz. Esse é um processo coletivo, pois, as mudanças sociais e culturais não ocorrem isoladamente. Nesse caso, todos os profissionais da educação juntam-se ao processo de desenvolvimento para refletirem em grupo. Esse ato requer participação, envolvimento e clima de aprendizagem profissional, tendo por base a compreensão da prática na aula e orientado para facilitar a compreensão e transformação da própria prática. Dessa forma, rompe-se com o controle de tarefas planejadas em gabinetes para serem executadas em sala de aula (tecnicismo).

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/novas-perspectivas-em-metodologia-de-ensino-e-pratica-docente/18961/#ixzz2NCp8gB3H

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