quarta-feira, 29 de novembro de 2017

GEOGRAFIA DO ESTADO DO PARANÁ

O Paraná, estado brasileiro, fica na região Sul. É cortado pelo Trópico de Capricórnio,     que                         estabelece o limite meridional das culturas agrícolas tropicais

FRONTEIRAS: Norte e Nordeste = São Paulo; Leste = Oceano Atlântico; Sul = 
Santa Catarina; Sudoeste = Argentina; Oeste = Paraguaia; Noroeste = Mato Grosso 
do Sul



ÁREA (km²): 199.709,1

RELEVO: caracteriza-se pela freqüência de terrenos de baixada no litoral, onde predominam as planícies de aluvião, e a existência de planaltos e serras de formações rochosas cristalinas, como a serra do Mar
Seu relevo é dos mais expressivos: 52% do território ficam acima dos 600m e apenas 3% abaixo dos 300m

RIOS PRINCIPAIS: Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri
O complexo hidrográfico do estado do Paraná apresenta grande potencial energético. A bacia hidrográfica do rio Paraná ocupa 183.800 km2 no estado e seus principais rios incluem o Paraná, o Iguaçu, o Ivaí, o Tibagi e o Piquiri. Somente a bacia do rio Iguaçu, que nasce próximo a Curitiba, capital do estado, e deságua no rio Paraná, na fronteira com o Paraguai, tem potencial hidrelétrico para 11,3 mil megawatts de energia elétrica. A bacia do Atlântico Sul banha 15.909,1 km2 na porção nordeste do estado. Entre seus principais rios encontram-se o Itararé e o Capivari. O estado do Paraná consome internamente apenas 20 % da energia elétrica total produzida em seu território, que representa 25 % da produção no país.



CLIMA: úmido
Como resultado das diferentes formações topográficas e características geológicas, o clima no estado do Paraná apresenta três tipos distintos, todos correspondentes a clima úmido, apresentando-se mais ameno na região norte e temperado no sul, onde os invernos podem ser rigorosos. O tipo que corresponde à maior área é o CFA, que se caracteriza por ser subtropical úmido, mesotérmico, com verão quente, sem estação seca de inverno definida e geadas menos freqüentes. O tipo CFB é subtropical úmido, mesotérmico, com verões frescos e geadas severas e freqüentes. Finalmente, o tipo AF caracteriza-se pelo clima tropical chuvoso, sem estação seca e isento de geadas

Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de ApiaíAraucáriaCaçadorCampos do JordãoItapecerica da SerraPonta GrossaSanto Antônio do PinhalSão CarlosSão José dos Pinhais e Taboão da Serra.

MUNICÍPIOS 

(em números): 399 (1997)
CIDADES MAIS POPULOSAS: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel
HORA LOCAL (em relação a Brasília): a mesma
HABITANTE: paranaense
POPULAÇÃO: 9.563.458 (2000)
DENSIDADE: 47,88 habitantes p/km2
ANALFABETISMO: 8,6% (2000)
MORTALIDADE INFANTIL: 29,79
CAPITAL: Curitiba

Em 1647 formou-se o embrião da cidade, que foi elevada à categoria de vila em 1693, tornando-se cidade em 1842. Em 1853 foi escolhida capital da província do Paraná
HABITANTE DA CAPITAL: curitibano

A economia do Estado 

Se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).




No século 17, descobriu-se na região do Paraná uma área aurífera, anterior ao descobrimento das Minas Gerais, que provocou o povoamento tanto no litoral quanto no interior. Com o descobrimento das Minas Gerais, o ouro de Paranaguá perdeu a importância. As famílias ricas, que possuíam grandes extensões de terra, passaram a se dedicar à criação de gado, que logo abasteceria a população das Minas Gerais. Mas apenas no século 19 as terras do centro e do sul do Paraná foram definitivamente ocupadas pelos fazendeiros.
No final do século 19, a erva-mate dominou a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os líderes que partilhavam o poder. Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a região da araucária aos portos e a São Paulo, já no final do século 19, ocorreu novo período de crescimento.
                                  
A partir de 1850, o governo provincial empreendeu um amplo programa de colonização, especialmente de alemães, italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram decisivamente para a expansão da economia paranaense e para a renovação de sua estrutura social.

O Paraná ocupa quinto lugar em importância econômica entre todos os estados brasileiros. 

As diferentes características físicas e climáticas do estado propiciam a existência de atividades agrícolas diversificadas e seu grau de desenvolvimento econômico permite a utilização de avançadas técnicas agrícolas, que se traduzem nos mais altos índices de produtividade do país. Em 1994, os índices médios de produtividade nas principais lavouras do estado (soja, milho, feijão, algodão, café e trigo) elevaram-se em 12,9 %, em decorrência do desenvolvimento de modernos sistemas de produção, como é o caso da soja e do trigo, que são cultivados em sistema de rotatividade, gerando duas safras anuais na mesma área. 

Destaca-se ainda no estado do Paraná, a produção de batatas, de cana-de-açúcar, de mandioca e de arroz. Nos últimos anos, programas de desenvolvimento da fruticultura vêm sendo implantados em diversas regiões do estado. Na região norte do Paraná, a implantação de pomares cítricos vem permitindo a produção industrial de suco de laranja, enquanto a produção de maçã alcança, em várias regiões, uma safra média de 30 mil toneladas por ano. O plantio de frutas de clima tropical na região litorânea vem gerando bons resultados, com índices de produção e qualidade competitivos em larga escala. 

O estado possui um dos maiores rebanhos pecuários do país, com 8.911.986 de cabeças de bovinos, sendo expressivas também as criações de suínos (3.780.172) e galináceos (85.713.370). A produção paranaense de leite representa cerca de 10 % da produção nacional.

As principais reservas de matérias-primas existentes no estado do Paraná incluem o xisto betuminoso, o calcário, a dolomita, a argila, o carvão, o chumbo e a fluorita. A reserva de calcário está estimada em 4,4 bilhões de toneladas e suas principais jazidas, localizadas na região leste, alcançam produção média anual de cerca de 6 milhões de toneladas. Além de seu uso industrial, principalmente na produção de cimento, o calcário é utilizado de forma regular, para elevar o nível de produtividade das lavouras. 

Em 1992, foram extraídas e comercializadas 5,8 milhões de toneladas de calcário no estado. A dolomita existe também em grande quantidade no Paraná, que é o primeiro produtor deste mineral no país. 

Suas reservas estão estimadas em 532.616 milhões de toneladas. 

As reservas de argila vermelha, para o uso da indústria cerâmica, atingem volume superior a 65 milhões de toneladas. 

Em 1992, a produção de argila chegou a 1,1 milhão de toneladas. O estado do Paraná é também o principal produtor de talco do Brasil. Cerca de 17% das reservas brasileiras estão em seu território, com volume estimado em 13 milhões de toneladas, e produtividade média anual de 200 mil toneladas. 

A fluorita, que tem larga aplicação como matéria-prima na indústria química, metalúrgica e cerâmica, tem reservas superiores a 4,4 milhões de toneladas no estado, o que equivale a 53 % do total encontrado no país. Outros produtos como a brita de basalto, pedras ornamentais, mármores e granito também são encontrados em quantidades consideráveis no estado do Paraná. Em 1992, foram comercializados 37,6 milhões de litros de água mineral, extraídos de fontes naturais do estado.

A partir de 1966, intensificaram-se as atividades de reflorestamento, mediante a concessão de incentivos fiscais, que tem combinado a expansão da fronteira agrícola e o atendimento ao setor industrial madeireiro. As áreas reflorestadas, que tiveram considerável aumento, atingem hoje 1 milhão de hectares e mais de 2,5 bilhões de árvores plantadas.

O parque industrial do estado reúne cerca de 24 mil estabelecimentos, que têm registrado desempenho sempre superior à média nacional do setor. Nos quatro primeiros anos da década de 90, os índices de crescimento acumularam um total de 31,24 %. A produção industrial é diversificada, destacando-se as indústrias de papel e celulose, química, madeireira, alimentícia, de fertilizantes, eletroeletrônica, metalmecânica, de cimento, têxtil e de cerâmica, além da agroindústria.
Em 1994, a economia do estado cresceu 6,3 %, destacando-se, para o alcance desse índice, o desempenho do setor agrícola e a modernização do parque industrial do estado. Em 1993, a participação do estado do Paraná no PIB nacional foi de 6,2 %, que corresponde a um total de US$ 28,277 bilhões.

O Paraná é ainda o quarto maior exportador entre os estados brasileiros. 

Em 1993 a receita das exportações representou US$ 2,48 bilhões, que corresponde a 6,42 % do valor total exportado pelo país. A participação dos produtos industrializados na pauta de exportações do estado foi de 51 % no mesmo ano, liderada pelo complexo agroindustrial, responsável por 60 % das exportações do estado. O segundo complexo industrial com maior participação nas vendas externas do estado é o de metalmecânica, com 13,6 % do total das exportações em 1993.

As primeiras movimentações de colonizadores no estado do Paraná 

Tiveram início no século XVI, quando diversas expedições estrangeiras percorreram a região à procura de madeira de lei. No século XVII, portugueses e paulistas começaram a ocupar a região, a partir da descoberta de ouro e à procura de índios para o trabalho escravo. A mineração, no entanto, foi legada a segundo plano pelos colonizadores, que se dirigiram em maior número às terras de Minas Gerais(7). 


Até o século XVIII, existiam apenas duas vilas na região: Curitiba e Paranaguá. Esse processo retardou a ocupação definitiva da área, que pertenceu à província de São Paulo até meados do século XIX, com sua economia baseada na pecuária. 

Logo após de conquistada sua autonomia, em 1853, teve início um programa oficial de imigração européia para a região, principalmente de poloneses, alemães e italianos.

Guerra do Contestado - Revolta de camponeses ocorrida entre 1912 e 1916, chegou a envolver cerca de 50 mil pessoas numa região de litígio na fronteira entre os estados do Paraná e Santa Catarina. O conflito teve início com a instalação de duas empresas norte-americanas na região, uma construtora de estradas de ferro e uma exploradora de madeira, que levaram mão-de-obra de fora para trabalhar nos empreendimentos e iniciaram um processo de expulsão dos posseiros que cultivavam a área, originando o movimento de fanáticos religiosos, liderados por "beatos" locais, entre os quais se destacou José Maria, que foi seguido por romeiros expulsos de suas terras.

Serra do Mar - Coberta pela floresta atlântica e declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO, em 1991, o que demonstra sua importância em termos globais, a serra do Mar abriga mais de 2.500 espécies da flora nativa brasileira, diversos animais em risco de extinção como a onça-pintada e a anta, além de pássaros como o gavião-pega-macaco, a jacutinga e o macuco, entre outros. No estado do Paraná, a serra do Mar tem aproximadamente 500.000 hectares de extensão e aí se encontram 72 % do total da flora e da fauna existentes no estado. Nessa área está também localizado o pico mais alto da região Sul do Brasil, o pico do Paraná, com 1.922 metros de altura. Ainda na serra do Mar encontra-se a Área de Interesse Turístico Espacial do Marumbi, com 66.732 hectares, cuja utilização é controlada por um plano de gerenciamento. O pico do Marumbi, situado dentro desta área, tem 1.547 metros de altura e é o mais procurado para a prática de alpinismo e turismo ecológico na região. Através da serra do Mar encontram-se caminhos históricos que são verdadeiras obras de arte e engenharia, como o caminho de Itupava e de Graciosa, ambos construídos há 300 anos. Além de constituírem opção para o turismo ecológico, esses caminhos são utilizados atualmente por programas ambientais e preservam, protegidos pela floresta, a história e a cultura dos primeiros colonizadores do Paraná.

Ilha do Mel -  A lha do Mel tem 95% de sua área composta por ecossistemas de restinga e floresta atlântica, o que a elevou à categoria de Estação Ecológica em 1982, numa extensão de 2.240 hectares. Em seus morros e planícies existem trilhas para caminhadas, que dão acesso a locais de observação de belas paisagens e de espécies vegetais e animais, onde a brisa marinha e o cheiro de mato compõem aroma particular, associado à beleza de suas praias.
 
Tombada como Patrimônio Ecológico da Humanidade

Vila Velha - Localizado no município de Ponta Grossa, a 969 metros de altura, no verde dos campos gerais, está o Parque Estadual de Vila Velha, com suas rochas esculpidas artisticamente pela natureza, ao longo de 350 milhões de anos.  Destaca-se em especial a caverna conhecida como Buraco do Padre, um anfiteatro subterrâneo com uma queda d'água de 30 metros de altura, também debaixo da terra. O município apresenta ainda outras paisagens naturais muito apreciadas e uma rica reserva ecológica, que inclui locais como os chamados caldeirões do inferno, que são depressões circulares de até 107 metros de profundidade, com 80 metros de diâmetro. Numa dessas cavidades, um teleférico vertical leva os visitantes até uma profundidade de 54 metros, de onde se pode caminhar até um lago subterrâneo. Outro acidente geográfico de rara beleza na região é a lagoa Dourada, paraíso da fauna aquática local. A lagoa é alimentada por um rio subterrâneo, cuja ação erosiva desgastou as rochas e provocou a formação de cavernas em seu interior. O fundo da lagoa está coberto por uma camada de mica que faz a água brilhar como se fosse de ouro, quando exposta aos raios solares.
As formações rochosas recebem diferentes denominações, de acordo com as figuras às quais se assemelham. Entre as centenas existentes, as mais facilmente reconhecíveis são a Garrafa, o Camelo, o Índio, a Esfinge, a Taça e a Proa de Navio.

Foz do Iguaçu -  A cachoeira está localizada no Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939 e tombado pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade em 1986. Da área total do parque, 185.000 hectares encontram-se em território brasileiro e 55.000 hectares na Argentina. As florestas subtropicais do parque abrigam cerca de 1.100 espécies de pássaros, bem como várias espécies de mamíferos, grandes e pequenos, como veados, capivaras, etc.
A cidade de Foz do Iguaçu encontra-se localizada na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, a uma altitude de 164 metros. A 9 km do centro da cidade, na confluência dos rios Iguaçu e Paraná e entrada do Porto Meira, está o marco onde as fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai se encontram. No município de Foz de Iguaçu está também localizada a Usina Binacional de Itaipu, cuja construção deu origem a um lago com 1.300 km de margens e extenso potencial turístico. A construção da usina teve início em 1975, encerrou-se em 1991 e sua capacidade de produção de energia elétrica chega a 12,6 milhões de kw.
Um dos mais importantes pólos turísticos do Brasil, as cataratas do Iguaçu são formadas por 275 quedas d'água, com alturas que variam de 40 a mais de 100 metros e se distribuem em forma de ferradura, formando uma semicircunferência de 950 metros, na fronteira com a Argentina.

Indígenas - Um total de 16 áreas já se encontram demarcadas definitivamente pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo federal responsável pela questão, e nelas se encontra a totalidade dos indígenas residentes no estado.
São os seguintes os grupos indígenas residentes no estado do Paraná e suas respectivas áreas: Apucarana, Ava Guarani, Barão de Antonina, Faxinal, Ilha da Cotinga, Ivaí, Laranjinha, Mangueirinha, Marrecas, Ocal, Palmas, Pescada, Pinhalzinho, Queimadas, Rio Areia, Rio das Cobras, São Jerônimo, Superagüi e Tibagy/Mococa.

Vivem no estado do Paraná 6.916 indígenas, distribuídos em 19 grupos, que ocupam área de 79.988 hectares de extensão. 


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