sábado, 18 de abril de 2015

Maior conjunto de cânions da América do Sul fica entre SC e RS

São 36 cânions, a 1.400 metros de altitude, espalhados em um cenário selvagem entre o RS e Santa Catarina. 




Um lugar fascinante. Retrato da história da Terra. Abençoado pela natureza. É uma imensidão em um cenário que não é delicado. Ao contrário: é rude, selvagem, mas grandiosamente sedutor. A paisagem provoca sensações muito diferentes. Em poucos instantes é possível ir da tranquilidade de estar em um campo que parece não ter fim, ao frio na barriga de ver o chão terminar bem pertinho dos nossos pés.


Um lugar de paredões, de rios que serpenteiam pedras gigantes, cachoeiras que mergulham nas profundezas do abismo e de florestas penduradas em precipícios.




É uma paisagem única, porque em nenhum outro lugar do mundo a natureza fez o que construiu aqui.


Os vales por onde correm os rios dentro dos cânions chegam a ter 12 quilômetros de extensão. E os paredões exibem as marcas em camadas dos derrames vulcânicos que aconteceram em tempos diferentes. Fendas tão imensas que abrigam montanhas dentro delas. Nossos olhos até podem se enganar, não registrar a verdadeira dimensão desse lugar. Então, para entender o tamanho de tudo isso, imagine que dentro de um dos maiores cânions, o Fortaleza, caberiam quase três Avenidas Paulistas inteiras em todo o seu comprimento e com todos os prédios.

Todos os rios da região formam cachoeiras espetaculares



A paisagem de milhões de anos fica ainda mais inquietante quando nos damos conta de que ela continua a se modificar a cada segundo, bem diante de nossos olhos. A água que esculpe a rocha brota farta da terra. Nos campos, basta apertar um pouco a vegetação com a mão para ver que ela está mesmo em toda a parte. Destas áreas banhadas saem fiapos de água que se derramam em rios. Um reservatório natural de vertentes cristalinas, quase intocadas pelo homem.

“Não passa por dentro de lavouras, não tem questão de agrotóxico. São águas realmente muito puras” explica o analista ambiental Magnus Severo.



Todos os rios da região além de esculpirem pedras gigantes, formam cachoeiras espetaculares, uma mais alta e mais linda do que outra. Caem como se fossem música feita especialmente para esta região.

Não há um levantamento de quantas cachoeiras existem espalhadas entre as pedras, mas há uma infinidade e cada uma cai do jeito que o relevo obriga. Por isso nenhuma é igual a outra.


Veja também:




http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2015/02/maior-conjunto-de-canions-da-america-do-sul-possui-mais-de-200-quilometros.html



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