segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Egito: Golpe Militar no país árabe mais populoso do mundo. Entenda!!!


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Mursi foi eleito em 2012 e  deposto por militares um ano depois
           

Pouco mais de um ano depois da renúncia de Mubarak, nas primeiras eleições democráticas da história do país. Mubarak tinha 82 anos e estava havia 30 no poder quando caiu. O ditador deixou o poder após 18 dias de violentos protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5 mil feridos, em um movimento popular inspirado no levante que derrubou o presidente da vizinha Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali.


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Mapa do Egito - Norte da África


 Apesar de ter sido eleito democraticamente em 2012, Mursi


Se tornou impopular após suas ações contra o Exército, seu acúmulo de poderes, seu autoritarismo e pela influência política da Irmandade Muçulmana no país.

O que é a Irmanadade Muçulmana?

A Irmandade Muçulmana, conhecida popularmente apenas como الإخوان, Al-Ikhwān, "A Irmandade" é uma organização islâmica fundamentalista que opõe-se radicalmente às tendências seculares de algumas nações islâmicas (ex: Egito) e pretende "retomar" os ensinamentos do orão, rejeitando qualquer tipo de influência ocidental.
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Emblema da Irmandade Muçulmana
 Fundada em 1928, a Irmandade Muçulmana chegou ao poder há um ano, quando Mursi foi eleito na primeira votação livre do país.

 Em 30 de Junho de 2013, no primeiro aniversário da eleição do presidente egípcio Mohamed Mursi


Milhões de manifestantes em todo o Egito tomaram as ruas e exigiram a renúncia imediata do presidente por causa de questões políticas, econômicas e sociais que haviam se intensificado em seu mandato. As manifestações, que foram em grande parte pacífica, tornaram-se violentas quando cinco manifestantes anti-Mursi foram mortos em confrontos e tiroteios.

A mais recente crise 

Se iniciou em 3 de julho, quando o islamita Mursi foi destituído por um golpe militar um ano após ser eleito. Desde então, vários protestos foram organizados pela Irmandade Muçulmana (grupo que levou Mursi ao poder) para exigir a volta do presidente, que segue detido pelo Exército.

Conflitos

Mais de 750 pessoas morreram nos últimos cinco dias no Egito, sobretudo partidários de Mursi, além de 70 policiais.

Para piorar:  Partidários da Irmandade Muçulmana, com armas de todos os tipos, de metralhadoras a coquetéis molotov, atacaram cristãos e queimaram suas igrejas, lojas e casas, primeiro para demonstrar domínio e poder e, segundo, para punir a multidão de cristãos que se colocou contra as políticas do ex-presidente Mursi e seu regime.


Depois do golpe, o que espera o Egito?

Com certeza não será democracia, a elite política está bem avisada de que qualquer coisa que saia daquilo que está programado e aceito pelos militares, qualquer governo que faça qualquer coisa que desagrade os militares será derrubado. O que está acontecendo no Egito é um banho de sangue colocado em prática por esse governo militar.

A comunidade internacional pode intervir?

 Acho que, em termos de discurso, eles podem dizer que vão fazer alguma coisa. Mas certamente não o farão, os canais estão bem abertos entre os EUA e o Egito ( com ou sem militares desde os anos 70).


                               19/08/2013 - Últimas Notícias


Autoridades egípcias consideram a possibilidade de banir a Irmandade Muçulmana, afirmou hoje um porta-voz do governo, num gesto que mais uma vez deixaria à margem da lei um grupo que estava no poder há apenas pouco mais de um mês.
A Irmandade Muçulmana afirma que mais de 200 pessoas morreram ontem (18/08/2013) na capital e em outras províncias em atos de violência. O movimento convocou seus simpatizantes a sair às ruas durante uma semana "para derrubar o golpe".

2 comentários:

  1. Obrigada por esclarecer. Vou divulgar no facebook

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  2. Parabéns Professora! Precisamos destas explicações aqui no Brasil. Poucas informações nas mídias, e poucas notícias..
    Muito Obrigado!

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